segunda-feira, 29 de janeiro de 2007

Eu (recomeçar de novo…basta querer)

Andei dias e dia, e mais alguns meses, à espera de que um dia novo nasce-se e fosse diferente dos outros todos já conhecidos, até que algo me chamasse a atenção para te esquecer…mas um dia, até surgiu a oportunidade de te dizer na cara tudo o que penso de ti e o que nos aconteceu, o que podia ter acontecido, e o que tu não quiseste deixar que acontecesse, e que, tu pura e simplesmente…não quiseste.
Mas, não faz tão mal quanto isso. Hoje estou melhor que ontem, aprendi a saber ignorar o que sinto por ti, e aos poucos, sem querer, esqueci-te. E sabes, ainda bem que assim foi. Agora, és só uma pessoa amiga que se cruzou no meu caminho, a qual eu tinha dado meio mundo por um simples abraço teu, mas tu ignoraste-me, e eu nem por isso me revoltei como tu te revoltas normalmente. Aprendi a controlar-me, e a saber esperar pelo momento certo, enquanto aproveito o brilhar do céu e da lua, a brisa do mar e as reflexões sobre a minha vida.
Sabes, esta vida está a dar-me mais do que eu alguma vez imaginei, e agora encontro-me num dilema: “Tenho sonhado muito mais do que isso tudo, mas, e será que a vida concretizará esses sonhos? E será que eu os realmente quero??”
HOJE, posso dizer que saí da estrada principal que vinha de ti, e voltei atrás. Limpei os acessos da estrada e os acidentes. Varri as bermas e as lágrimas. Tirei os sinais proibidos, e os substitui pelos de “obrigatório em frente”; e os de “estradas sem saída” por “desvios curtos”; tapei os buracos e construí protecções laterais.
Voltei ao caminho conhecido. Enchi-me de coragem e segui por um atalho ainda virgem, sem marcas nem pegadas. Não sei se é melhor nem pior do que o anterior, apenas sei que é diferente, e só no fim te direi se afina valeu mesmo a pena ou não, em vez de arranjar desculpas, ou procurar razões para não ir por ter medo, e assim deixo que a luz vá à minha frente, e a curiosidade de saber como é também vá de mãos dadas com desejo e a paixão.
Estou no meio de um monte que separa o mar e a estrada, e não sei se vou cair, mas já só basta estar aqui para me sentir bem, e me sentir renovado de espírito, pois faz-me sentir cada vez melhor.
A estrada tornou-se apenas um passado, uma parte da minha história, que define o que sou agora. O futuro espera que seja eu a fazê-lo, e a construí-lo, como também construir novas estradas hoje, para facilitar os novos cruzamentos que se possam fazer amanhã, com outros caminhos e auto-estradas. Tudo depende do que eu quero agora, e acredita que voltei a sonhar, numa vida melhor do que naquilo em que na altura acabei por ficar, só por tua causa.
Uma das coisas que me arrependi, foi ter-te dito “adeus”, e não “até à próxima”, ou “até já” (como na publicidade da TMN), com a esperança de que alguma vez mais estivesse contigo e de que tudo o que construímos não acabasse nunca, independentemente de qualquer circunstância…mas tu despediste-te mesmo a sério, como se fosse uma ultima vez, de tal forma, como que, se eu tivesse sido apenas uma breve miragem, uma mentira que não deve ser contada, ou uma esperança momentânea de renovação, mas isso só me ajudou a livra-me das culpas que sintia (Não, que não me tenhas feito viver feliz ou numa mentira, apenas me fizeste acreditar num mundo melhor e que tudo isso é sempre possível se realmente quisermos, e em parte é só isso que te agradeço).
Agora, e mais uma vez, hoje, o meu desejo/sonho está entregue de alma e coração ao “presente”. E ESTE, encontra-se embrulhado em papel de seda preso com fitas e laço sedoso, e em cada dia descubro nele novos encantos, e amigos e as suas palavras/abraços e risos; a luta e o vício de gostar cada vez mais de mim como sou e a descontrair-me na vida, tal como eu quero; e talvez, quem sabe, um dia ter alguém que me dê a outra parte de um meio mundo meu.
Deixei apenas de procurar no que me dão, o que eu quero, para deixar-me receber e dar o que de tanto eu tenho e conquistei…sem ti. E é somente o que desejo…ser quem sou da forma que eu mais quero e gosto, foi então que…
…Comecei, na minha vida, o novo conceito de “felicidade vertiginosa”…

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