segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Impossibel is nothing!!



Por vezes, não precisasmos de fazer aos outros, uma coisa grande. Do mesmo modo que nem sempre precisamos dos "amigos palhaços" para nos fazerem sorrir..ainda que por vezes alguns o tentem ser, e outros tentem ainda mais do que já são..Acabam por ser eles que nos fazem rir a bom rir, nem que não seja só pela figura de parvos que fazem a tentar..(e que bem que sabe!)
Por vezes, para pôr um sorriso na cara, não é preciso muito...basta só um bocado de atenção...(pois toda a gente precisa disso)...e tal como a uma criança, um chupa, um balão, ou um bocado de "colo", BASTA...pois já a faz sorrir e sentir-se segura..não é preciso muito para se ter colo, contraditório ao que toda a gente pensa e ainda diz: "isso é de criança"..mas não é verdade, e tu sabes disso!!...quem não precisa de vez em quando?!..e quem o tem, gosta ou não, hein?!

Algumas das muitas pequenas coisas que podemos fazer, no nosso dia a dia, não passam só por dispender o nosso tempo a dizer Bom Dia, ou ter que estar a conversar com algumas pessoas, nem simplesmente estar só as acompanhar numa curta viagem, nem necessariamente fazer algo por elas, ou porteger-las..mas sim, pura e simplesmente ter essas pessoas nas nossas mãos, ou nos estarmos nas delas. SENTIR que alguém nos pega ao colo sem pedirmos, ou pegarmos para fazer alguém se SENTIR seguras, e transportá-las ao colo quando precisam de ser "transportadas" para onde nos pedem...é um grande passo de confiança...e nem sempre se sente segurança.
Por dois motivos apenas:
1) ou não confiamos no outro
2) ou não confiamos em nós próprios

Aqui, importa referir que é sempre um desafio para ambos, mas que fortalece uma relação pela intensidade que se vive para o outro.
Quem pega ao colo, tem de largar tudo o que tem na mão, para poder e conseguir agarrar o outro...precisa de ter vontade de querer "sacrificar" o que tinha antes, por um bem maior. Provar-se a si próprio que consegue algo.

Quem é pegado ao colo, terá de confiar que o outro não o deixa cair..mesmo que não lhe pareça apropriado..mesmo que não goste que tomem um rumo por si próprio, por vezes, é o "cõleiro" (pessoa que pega ao colo alguém =da minha autoria), que sabe um caminho novo e nos vai indicar para onde voltar..

Não passa de uma questão de confiança...e segurança...e quem não tem nem uma coisa nem outra não consegue andar de mão dada com ninguém...
E tu, realmente queres ter alguém que te dê a mão?!..

..então confia!!! Calça umas "sapatilhas" e DÀ e ACEITA colo...
(e sem querer fazer publicidade!...calça umas "sapatilhas" e faz-te à estrada)

terça-feira, 7 de outubro de 2008

aos amigos...






...e áqueles que se esqueceram o quao boa é a vida!!...mas que ainda nao desistiram, e mesmo assim continuam a fazer-me crescer!!

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

A vontade de ter casa....

...por vezes é muita!

domingo, 28 de setembro de 2008

...a felicidade resumida...


...é quando se tem um sol na mão,
que aquece e faz dançar o peito,
como se dois corações batessem em simultâneo..
...um esquerdo, e um direito....

Fernando Pessoa

"Para ser grande, sê inteiro:
Nada teu exagera ou exclui.
Sê todo em cada coisa.
Põe quanto és no mínimo que fazes.
Assim em cada lago a lua toda
Brilha, porque alta vive"

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

nota: como estás?

Sabendo que:

Estar Infeliz,
É diferente de ser Infeliz
Que, estar Infeliz é antagonico de estar Feliz
E estar Feliz,
É diferente de ser Feliz

eu pergunto-te, leitor(a):

COMO ESTÁS?!...
(tou á espera de resposta!)


nota: obrigado AP!, ML, M Bolacha, Madrinha, A.S., Silvinha, por me fazerem perceber isso.

sem titulo, sem autor...mas podia ser eu, com o titulo: re-invenção re-inovada

Depois de algum tempo tu aprendes a diferença,
A subtil diferença entre dar a mão e acorrentar uma alma.
E tu aprendes que amar não significa apoiares-te,
E que companhia nem sempre significa segurança.
E começas a aprender que beijos não são contratos
E presentes não são promessas.
E começas a aceitar as tuas derrotas
Com a cabeça erguida e olhos adiante,
Com a graça de um adulto
E não com a tristeza de uma criança.
E aprendes a construir todas as tuas estradas no hoje,
Porque o terreno do amanhã
É incerto demais para os planos,
E o futuro tem o costume de cair no meio do vão.
Depois de um tempo tu aprendes
Que o sol queima se ficares exposto por muito tempo.
E aprendes que não importa o quanto tu te importes,
Algumas pessoas simplesmente não se importam...
E aceitas que não importa quão boa seja uma pessoa,
Ela vai ferir-te de vez em quando e tu precisas perdoá-la por isso.
Aprendes que falar pode aliviar dores emocionais.
Descobres que se leva anos para se construir confiança
E apenas segundos para destruí-la,
E que tu podes fazer coisas num instante,
Das quais te arrependerás para o resto da vida.
Aprendes que as verdadeiras amizades
Continuam a crescer mesmo a longas distâncias.
E o que importa não é o que tu tens na vida,
Mas quem tu tens na vida.
E que bons amigos são a família
Que nos permitiram escolher.
Aprendes que não temos que mudar de amigos
Se compreendemos que os amigos mudam,
Percebes que o teu melhor amigo e tu
Podem fazer qualquer coisa, ou nada,
E terem bons momentos juntos.
Descobres que as pessoas
Com quem tu mais te importas na vida
São-te tomadas muito depressa,
Por isso sempre devemos deixar
As pessoas que amamos com palavras amorosas,
Pode ser a última vez que as vemos.
Aprendes que as circunstâncias e os ambientes
Têm influência sobre nós,
Mas nós somos responsáveis por nós mesmos.
Começas a aprender que não te deves comparar com os outros,
Mas com o melhor que podes ser.
Descobres que levas muito tempo
Para te tornares na pessoa que queres ser,
E que o tempo é curto.
Aprendes que não importa onde já chegaste,
Mas para onde estás a ir.
Mas se tu não sabes para onde estás a ir,
Qualquer lugar serve.
Aprendes que, ou tu controlas as tuas acções
Ou elas te controlarão,
E que ser flexível não significa
Ser fraco ou não ter personalidade,

Pois não importa o quão delicada e frágil
Seja uma situação,
Existem sempre dois lados.
Aprendes que heróis são pessoas
Que fizeram o que era necessário fazer,
Enfrentando as consequências.
Aprendes que a paciência requer muita prática.
Descobres que algumas vezes
A pessoa que tu esperas que te chute quando tu cais
É uma das poucas que te ajuda a levantar.
Aprendes que a maturidade tem mais a ver
Com os tipos de experiência que tiveste
E o que tu aprendeste com elas
Do que com quantos aniversários já celebraste.
Aprendes que há mais dos teus pais em ti
Do que tu supunhas.
Aprendes que nunca se deve dizer a uma criança
Que os sonhos são uma parvoíce,
Poucas coisas são tão humilhantes
E seria uma tragédia se ela acreditasse nisso.
Aprendes que quando estás com raiva
Tens o direito de estar com raiva,
Mas isso não te dá o direito de seres cruel.
Descobres que só porque alguém não te ama
Da forma que tu queres que te ame,
Não significa que esse alguém
Não te ame com tudo o que pode,
Pois existem pessoas que nos amam,
Mas simplesmente não sabem
Como demonstrar ou viver isso.
Aprendes que nem sempre é suficiente
Ser perdoado por alguém,
Algumas vezes tu tens que aprender
A perdoar-te a ti mesmo.
Aprendes que com a mesma severidade com que julgas,
Tu serás em algum momento condenado.
Aprendes que não importa
Em quantos pedaços o teu coração foi partido,
O mundo não pára para que tu o consertes.
Aprendes que o tempo não é algo
Que possa voltar para trás,
Portanto, planta o teu jardim e decora a tua alma,
Ao invés de esperares que alguém te traga... flores.
E tu aprendes que realmente podes suportar...
Que realmente és forte,
E que podes ir muito mais longe
Mesmo depois de pensares que não podes mais.
E que realmente a vida tem valor
E que tu tens valor diante da vida!
As nossas dádivas são traidoras
E fazem-nos perder
O bem que poderíamos conquistar,
Se não fosse o medo de o tentar...

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Será que…

…alguém chega a esperar?!...a esperar realmente por algo?!..pelo momento certo?!..o momento oportuno para que, o que realmente queremos ter, nos surpreenda?!...ou vamo-nos entregando aos pequenos momentos especiais, que vamos tendo em “fila de espera”?!..e, que quando chegar à nossa vez de passar o limite da linha de atendimento, decidamos se realmente a queremos passar?!..e, nessa altura, ponderar se não vale mais a pena lagar a fila de espera que temos suportado e soltar o caminho que toda a gente faz…(isto é, mudar o rumo que a fila implica)…(já sabendo a sua consequência..e sabendo o que mais vale a pena)..para largar tudo, e começar numa nova fila?!...ou, se nos devemos manter na fila de espera e esperar que consigamos andar para a frente, ou quem sabe recuar um pouco para ter mais espaço para andar?!....ou mesmo ainda..ter a noção que vale a pena sempre que a alma não é pequena, e enquanto se está na fila, dizer para nós próprios “relaxa que encaixa!”…enquanto trauteamos “Os Dois”?!

Mas, afinal se já se sabe que se tem que esperar, será que se sabe pelo que realmente se espera?!...e o motivo pelo qual vale a pena esperar?!...

Ou então, porque não ser do contra, e em vez de esperar numa fila infinitamente grande de pedidos quase impossíveis de serem realizados, desafiarmo-nos a tentar ter esta mesma fila na nossa mão, e lutar por ela como se fosse a nossa fila para termos alguns pedidos feitos…ou será que passar para o lado do atendimento em vez de permanecer no lado dos pedidos será mais vantajoso?!...

Não sei, por isso espero, certo?!

Porque se Chora??


(..importa dizer que, tal como esta criança, eu hoje tenho o seu olhar...)
…raiva…medo…insegurança…desespero…rir…cantar…abraçar…ou não…desejo…feliz..infeliz..não feliz...fazer de conta...dor...magoar...perdão...aceitar...
...por um beijo..por ser preciso...por apetecer...por querer..por algo..por nada...por tudo...por algúem...por ninguém...por todos...porque sim...ou não...

Será uma resposta à consequência de juntar diferentes acontecimentos importantes que não deixam de ter gerado relevância, e se fosse acumulando em ti, algo com muito significado…que de certo modo te consome, ou porque te fez doer ou fazer sentir especial…
Será pedir muito que seja assim tão bom que custe acreditar!?
"..vem quebrar o medo vem
saber se há depois
e sentir que somos dois
mas que juntos somos mais.."

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

...tudo à volta!


Desta vez, o que me fez andar à volta desta foto, não foi a joaninha, e muito menos o contraste do azul do céu com a sua cor garrida…mas sim, a cor viva com que a metade do girassol não deixa de se fazer notar…o amarelo que faz sorrir, sem sorriso amarelo…mas um amarelo puro…e não o que está visível para que tal aconteça, mas sim o que faz com que este amarelo apareça, despercebidamente alheio a qualquer um…o caule verde e endurecido com o tempo…que faz crescer e alimenta…
Especialmente por ser VERDE!!

Há que notar no smile que a cabeça da joaninha forma, e nos faz despontar um pequeno esboçado sorriso..viste como já te fiz rir?!..

Ya, eu sou assim…=)

FIM…ou início?!


Autópsias são investigações de causas de morte, que são realizadas no corpo de um cadáver. Se se investiga, denomina-se o fenómeno ”morte” como um acontecimento de destino. Pela família, hora de desespero. Para a pessoa, uma nova fase…mas será para começar algo de novo noutro lado?!...ou pura e simplesmente a hora de desaparecer?!... Em Enfermagem, define-se algo como: “…Um tipo de desenvolvimento físico com as características específicas: cessação da vida, diminuição gradual ou súbita das funções orgânicas, levando ao fim dos processos de manutenção da vida; a cessação da vida manifesta-se pela ausência dos batimentos cardíacos, da respiração e da actividade cerebral (CIPE/ICNP, 2003:43)”…

Mas, para se definir que se morreu, é porque se viveu, logo não será preciso definir previamente o que é viver?!...ora, foi aqui que o meu pensamento se prendeu…não sei definir morte, e muito menos vida…pois, são coisas que não se aprendem nos livros…mas aquilo que eu sei, é o que não é morte (será a vida), e o que não é vida (será a morrer) …o que me leva a definir contraditoriamente as definições respectivas.
Descobri, que para morrer não é preciso diminuir as batimentos cardíacos, nem fragilizar-se fisicamente, e muito menos diminuir a actividade cerebral…mas sim não deixar que o lóbulo respeitante ao sonho deixe de funcionar, permitir que nos seja roubado, e/ou levado por empréstimo…sei que somos tanto ao quanto mais felizes, quanto mais sonhos concretizados temos, e conseguimos realizar e fortificar…quero saber qual o significado de “vida vs morte”…mas primeiro, quero sonhar um novo início…mesmo que já tenha terminado os 10seg de sonhos nocturnos..em estado REN (“Re-Encontro Nocturno”)

Férias...

...são um género de dias que parecem miragens ao longo do ano
…são suplicas de descanso

…são tentativas de repor energia

…são meros enganos de que é a época em que se descansa

…são mentiras para quem pensa que é verdade que realmente faz bem parar
…parar…afinal que sentido tem?..e porque se quer?

O Tempo parou..

..parou na hora do descanso mercido...no momento em que já não se sabe o que fazer..na altura em que tudo o que afligia passa a ser nada...e tudo o que era nada se torna interessante...há quem faça praia nesta altura...há quem nada faça só para dizer que não faz nada..há quem se deixe ir por quase nada e quem precise de muito para se deixar ir...

serei egoista em nada fazer, para não ter que fazer muito?!
...mas eu espero...como sempre...
O tempo parou..e eu queimei o sol mesmo em cima de mim!

sábado, 19 de julho de 2008

Vale sempre a pena…




…quando a alma não é pequena!

“Pendor (ar)”

No meio de muita coisa…a minha vida continua a ser boa e a dar-me mais do que tudo o que tenho pedido, e é só isso que agradeço...no entanto, estou em pendurado, por pequenas molas firmes e difíceis de soltar..sinto-me como se estivesse com os pés no ar!..não voando..não aterrado..mas a flutuar, meio solto meio preso…
Mas, mesmo que os planos não planeados vão por água a baixo, ou que nada do que queremos aconteça, ou que aconteçam sempre mil e um imprevistos em (im)planos definidos entre a lua e o sol…no fim de contas, a única coisa que importa mesmo (para além de manter esta perspectiva), é pensar nas 3 coisas, e só nas 3 únicas coisas mais fortes para que a experiência valha a pena, pelas quais valem a pena sempre retirar o do que melhor nos acontece/aconteceu…e assim, recordar para todo o sempre, o que se tem, e o porque é que não se teve mais (seja melhor ou pior)… E para que tal seja possível, desta vez só quis deixar ir..(…acho eu...)...mesmo sabendo que pode não levar a lado algum, mas que no fim o que vale a pena são os detalhes, a aprendizagem, e os momentos...mesmo que se saia magoada/o…e para tal seja concretizado do melhor modo, é que quando não se tem tempo se o queira mais tê-lo, e quando se o tem, se o desperdice..

Só preciso de:
- Ter visão
- Segurar;
- E ir outra vez de olhos fechados vendo o que há para descobrir;
E mesmo que me arrependa, penso: não há asneira sem lado positivo…certo?!
Quem não faz asneiras..não aprende…do mesmo modo que:
“se não te deste a ninguém..magoas-te alguém…a mim, passou-me ao lado..”

P.S. - Alguém precisa de molas?!..tem as da roupa!!

Matei a sede

Hoje, arrumei o quarto, e para quem já tinha saudades do que é SER o QUARTO, e não estar no quarto, é muito bom…ver que cada coisa, cada papel, cada foto, cada migalha, pó, roupa, datas, papeis, etc…têm um significado importante…e o meu ano resume-se a dois objectivos bem conseguidos: INOVAR, Renovar…e isso deixou-me concretizado…
As notas não foram as esperadas, sei que o método podia ter sido melhor, sei que a paciência podia ter sido maior, sei que podia ter excluído a tempo, algumas das coisas da minha vida, e passarem a ser só as precisas e as essenciais para a minha existência, mas se assim não fosse não seria o que sou hoje com grande vontade de continuar...hoje sou selectivo, com grande margem de erro, sou intolerante com grande margem de erro, sou outro com grande margem de erro…mas sei o que preciso..e só isso deixa-me feliz com o que tenho, o que consegui, o que mantenho, e com o que aprendi…
A escola não foi produtiva, o coração não cresceu...mas renovei a alma...e isso basta-me.

Reencontrar-me foi o maior esforço, mesmo sabendo que há coisas de que me tinha de afastar, saber que havia relações a distanciar e mas mesmo assim querer saber mantê-las…Distanciar para poder aprender uma nova realidade, a minha realidade, a minha vontade e personalidade, e ao mesmo tempo manter, para que consiga não perder nada do que já foi criado…Muita gente pode dizer, que me afastei, eu digo…nem por isso, dei o meu melhor a correr…

terça-feira, 8 de julho de 2008

The heart..


...is in your hands

quarta-feira, 2 de julho de 2008

...pargtir in-teirgo...

Enquanto aguardava que uma grande e longa viagem ocupada com papeis e caneta tivesse início, impondo em mim alguma isenção de uma invasão de nostalgia e vontade misturada com saudade, deparei-me com um som chamativo e cativante que provinha de uma daquelas coisas engraçadas, que estava sentada um pouco mais à frente e ainda com uma relativa aparência menor, mas evolução de querer ser maior, mais e grande, e no entanto ainda baloiça com os pés bem no ar, e os cabelos claros aos caracois esvoaçavam a cada movimento brusco...e para lhe dar mais uma ar de sua graça à coisa, os olhos prendiam-se num objecto, sem quebrar a atenção de tudo o que se passava à sua volta, sustentava nos seus lábios pequenos e bem definidos, um chupa-chupa gigante e colorido...lambuzando-se sem que se aprecebe-se que este não lhe cabia na boca...e, assim, à medida que vou observando esta criatura, esta vai também observando detalhadamente tudo o que a rodeia...e tentado fazer-se entender num diálogo muito pertinente com a acompanhante, utiliza os restantes limites musculares dos cantos das bochechas para exprimir alguns dos conjuntos complexos formados por letras, com o acompanhamento da língua entravada no seu interior..e com algum entusiasmo notório e um toque suave de euforia, diz com uma voz doce, fragil mas muito inrigada, precisamente no momento anterior à verdadeira viagem ao meu interior começar...
"Est.mos à espe.a de quê, hmmãe?!" (..isto é como quem diz algo de boca cheia!)
"Que a hora da partida chegue..olha, já vamos partir!!"
...(e com uma expressão muito delicada..interroga-se...)
"O que éh pagrtir?" ..(ao que esta lhe responde)..."É arrancar.."
"Argancar?!...hhum.."...."Sim, arrancar!"
"Então porgque se diz pagrtir?!"..."Pois isso não sei, mas o significado é o mesmo...normalmente é quando as pessoas partem para algum sítio na sua vida..!"..
...(após um momento de pausa suspensa...volta à investida)...

"E mesmo pargtidas levam tudo?!..tudo?!...e se eu não quis.erg?!"

..........
E a "partir daqui" não ouvi mais nada..."deixei que o transporte me levasse para algum lado", para um sítio do meu recanto, fazenso soar no meu ouvido, a pergunta, vezes e vezes sem conta...e obtendo a mesma resposta, sem quebrar uma palavra só no seu seguimento...(que ainda custa não repetir)...

Só parte quem quer, e quem não quer partir não recebe o inteiro que há de si no outro..não parte na busca, nem arrisca buscar uma nova chegada...não arranca, logo, também não sabe ainda que não volta..e só volta quem tem a oportunidade de partir...quem "vá-i-vem" parte para o outro na tentativa de chegar ao o que é ser-se inteiro..

Estes dias, parti...sem saber quando, onde, ou como chego...mas a viagem já está a ser alucinante...pois apesar de ser a mesma, tem um delicado toque de estranhesa...que provoca a diferença...

boomp3.com

tudo ou nada

Tempo, local, emoção, passado, presente..tudo comunicado da melhor forma e a mais natural..

Tudo isto num pedaço de papel, como que a idealização de um sonho...daquele sonhos que surgem da noite profunda para o dia activo..da esquina escondida para a praça ocupada e preenchida..dos cantos do cérebro não evoluidos para a acção reproduzida..


Um conjunto de muita coisa de 2 anos, um género de combinações quimicas e psiquicas de substâncias acumuladas, e transformadas num breve momento de intensidade de mais alto nível..a experiência passada, as viagens, o segredo, o sentimento, esta ou aquele, as circunstâncias..os abraços, os soluços, os momentos de reconforto e os outros de sofrimentos, os de esforço, os de recolha, os de entrega, os de viver, ou de afogar as magoas...o ressentimento, a inutilidade, a vida, ou a efermidade de cada situação...o delírio vive-se com uma dose de pancada..para o doido ele nunca está doido..para o normal é tudo igual..para o não normal, tudo é esquisito...para o anormal, torna-se especial...para o especial, tudo é mais que muito...e para os mais que muito...tudo não passa de ser estranhamente esquisito e especialmente mais que qualquer coisa hipotética..

without time for..?

...can breathe...?

...to take all the moment give..?

...to relax...?

...to hug...?

...to see arround...?

...to see inside of...?

...to see outside of...?

...to see what happens before...?

...to see the blue...?

...to drink a life in just a swallow...?

...to feel all skin in just a toutch...?


"...é tempo de...(?)..."

quarta-feira, 18 de junho de 2008

...sente-se, mas não se sente..não espere..

...boas oportunidades há muitas...
...optimas oportunidades, uma...
..há que saber qual delas agarrar...

Quando se olha para rostos, não se vê o que esses sentem...mas será que ao se sentir, se vê o que se pensa?!...sim, a resposta é mesmo essa..Quando se sente, precebe-se o que não se vê..

Precisava de ouvir pensamentos com um esteteoscópio (?)...mas só ouve o cérebro a trabalhar..
Agora meta férias, e tem o cérebro a ouvir o que nunca pensou sentir..
..sentir o que se pensa, é melhor que pensar o que se sente..mas melhor, é sentir sem ter que pensar o que se sente ou se quer sentir..por isso sente-se (de sentar) e não pense que não se sente (de sentir)..
...sente-se (de sentar), espere...e acabou de perder a oportunidade de sentir

..tum-tum...tum-tum...(sentar-sentar)...(sentir-sentir)...

(não há nenhuma tentativa de tirar protagonismo a Ferando Pessoa, ou às pessoas que este dizia que tinha dentro de Si!)

..1000 km..

Sinto a vida a mil...a mil kilómetros de distância de uma meta..de uma meta que parece não terminar...o desafio, é não descer as rotações.. não descer as rotações e manter a sexta mudança em alta..tentar passar, fazendo vibrar o corpo com o barulho encurdecedor, que já ao longe se faz sentir...e que quando se vê um objecto disforme ao longe, não passa de uma mancha, e quando se aproxima...derrepente...e por berves momentos, vislumbra-se o que aparenta ser...a utopia do momento...sentir tudo de uma vez só...
Sentir...
Sentir a brisa a bater na cara, ou a cara o cortar do vento..enquanto se corre contra Ele, ou quando Ele empurra..quando se anda sem querer tirar os olhos da estrada, ou quando se anda de olhos vendados..uma linha recta, ou uma curva..um nevoeiro que tira a visibilidade, ou um dia solarento que mostra mais que o sol..frio ou quente...in shinning, ou in drak...o que importa é andar...andar, andar e andar...
Ter rumo, torna-se importante...mas saber qual o rumo a seguir, nem sempre é fácil..(?)..nem sempre existem placas (?), nem indicações (?), nem pontos de referência (!!!)..nada que oriente...pura e simplesmente (ou não)...se sabe que se tem de andar (para onde?), até que deixe de haver estrada (à frente!?), e aí sim (ou não)..anda-se para tráz (ou para a frente?)..e vira-se na primeira curva (esquerda ou direita?)..
Anda-se ao sabor do vento (mas o vento faz correr?!), e para o lado que Ele empura (aaahhh!!), pode parecer mau, pode parecer fora do normal (pois)...mas não é por ser forma do normal, que se torna diferente?..especial?..(e isso não é esquisito?)..
Mesmo que não haja planos...mesmo que não se esteja a idealizar...mesmo que o sol já queime os olhos, e que o ar não queira entrar..é bom (aliás, muito bom), que se tenha caminho para precorrer...
Não tenho mapa, não tenho direcção nem GPS, não tenho muito que me oriente e faça perceber que sentido tou a tomar..mas sinto que tenho caminho..(e isso basta-me para saber que quero ir por aí)..gosto mesmo disso..
Já não me é importante saber qual a próxima curva, não é importante saber a que caminho vai ter..não faz sentido saber se vou bater, ou acelarar, ou abrandar, ou manter, ou se vai falhar os travões (porque até já nem os tenho..e se tenho, já nem me lembro se estão operacionais)...tenho fuel no carro, e ele anda...cada vez mais rápido...e no entanto...com um atrelado atolhado de coisas para arrumar..

Só quero...não parar...o fuel existe e não é mito..mito é dizer que vem das bombas e não do telefone...quando parar...é porque deixei de ter carro...mas não caminho..

domingo, 15 de junho de 2008

TU..(..lipa..)..


"Ela usa um turbante
amarelo como a lua.
Por baixo do turbante,
a tulipa anda nua."


Do livro "Herbário" de Jorge Sousa Braga (by Teresa Lamas)

Gostei particularmente desta pequena parte….
Que associada à celebre frase de Ricardo Reis, “Senta-te ao sol. Abdica. Sê Rei de ti próprio.”, transborda as mesmas cores, e um auto conhecimento elevado, a mesma intensidade, o mesmo sentido de liberdade de escolha, o mesmo poder de querer saber o que é necessário..para que se possa transmitir o que realmente se sente e o que se quer!!!...e é bom para se ser!...

Hoje gostava de saber o que quero, para amanhã conseguir transbordar…o que sou...
Tão simples, tão nítido, tão natural…tão próprio….tão meu…tão esquisitamente normal…
(Ser quem eu sou não custa, o que custa é saber quem eu quero ser…um turbante, uma lua, uma tulipa, amarela…)…

sábado, 14 de junho de 2008

perfiro

...um
conjunto
de
várias
palavras...

em
vez
de
um
texto...

...a palavra marca...o texto confunde...

....(reticências)....



.este.texto.não.tem.sentido.nenhum.para.quem.o.lê.
.pois.está.cheio.de.pontos.finais.e.como.se.pode.verificar.um.ponto.
.final.logo.no.início.não.faz.sentido.

.em.tempos.procurava.fazer.o.melhor.texto.com.muitas.palavras.
.caras.especiais.ou.dúvidosas.
.queria.sempre.mais.e.melhor.no.texto.todo.
.apenas.o.via.no.seu.conjunto.total.
.hoje.quero.só.preocupar.me.com.cada.palavra.
.apenas.uma.de.cada.vez.
.antes.de.ler.o.texto.que.
.não.vai.fazer.sentido.algum.para.ninguém.

.reside.então.o.motivo.pelo.qual.me.deu.na.cabeça.para.o.
.fazer.pois.até.agora.não.disse.nada.de.jeito.
.para.os.curiosos.fica.só.um.ponto.final.a.olhos.vistos.
.(.não.te.vou.dizer.)...
.para.os.estranhos.que.perceberem.o.sentido.do.texto.fiquem.só.
.com.a.ideia.
.de.que.não.se.põem.pontos.finais.e.não.se.fazem.reticências.
.antes.de.ser.ter.um.texto.para.contar.
.mas.só.no.fim.de.cada.paragrafo.que.o.texto.tenha.

.assim.se.escrevem.coisas.esquesitas.
.mas.mais.esquisito.é.o.sol.que.mesmo.de.noite.continua.a.dar.
.luz.

.r.e.t.i.c.e.n.c.i.a.s.

...(.ponto.final.do.texto.).

http://br.youtube.com/watch?v=PLCq9DnbV9I

quarta-feira, 11 de junho de 2008

Porta Bamba..II

“VOU FAZER EU A MINHA PROPRIA PORTA!!”...
…que dê para trancar, mas que deixe passar quem eu quero…
…que dê para entrar, quem eu quero…
…que dê para sair, quem eu não quero…
E mantenha a entrada/saída desimpedida para que deixe sair quem eu quero e que deixe entrar quem eu não quero…nisto, fiz a minha porta bamba...
É um daquele género de porta que se usam nos bares de “saloon” do faroeste…com aquele tipo de molas que permite a porta rodar para os dois lados, é só preciso empurrar um bocadinho…
Gostei particularmente desta, porque assim posso fazer com que os cowboys que entram de armas no coldre, saiam a rastejar por baixo dela…
mas no entanto está bem desempedida e aberta a qualquer pessoa....porque não tem chave nem fechadura..
...alguém tem uma porta destas?!?

segunda-feira, 9 de junho de 2008

...ao 13º dia


São só frases que ficam no ouvido...e que batem no coração:
1) As formigas são amigas...as joaninhas também!!
1a) As formigas não vieram hoje à piscina, pois tavam cansadas de ontem e ficaram a dormir!
2) Estou morto, mas sinto-me vivo!..serei estranho!?
3) Eu sou estranho e esquisito
3a) Há coisas estranhas!!
3b) olha o "E" de Estranho
3c) Olha o "m" de macambuzio
3d) Oh estupida!!!....
3e) Esquisita asmática
4) repete-me
5) Vá-i-vem?!
6) porque é que as aneiras sabem bem?!...
7) é estranho fazer asneiras?
8) as asneiras que normalmente são feitas, são feitas de proposito!?
9) tão?!, não falas?!
10) I just know what i need...and what i want..but now, i'm confused about what i have and don't need
11) agora nao tenho fome, até desligar...
12) uiiii...história cumprida
13) Oh Meu Deus!!
14) Só tu!!!
15)....
16) estas 3 seguintes não digo
20) O tempo não espera, e o mundo não pára
21) até já
22) =)*

segunda-feira, 2 de junho de 2008

...Porta Bamba...

(continuação da ideia da Porta da minha casa..)

Porta da minha ex-hipotética-casa…saltou…ou ficou solta e livre de mim…se calhar deve ter encontrado uma lamparina mágica, pedido umas asas novas, e foi a voar para um lado qualquer…longe de todas as outras portas e locais de encaixe habituais…Ou então, foi para aquela ruela que visitei uma vez…(e muitas vezes mais às escondidas)…pois, faz tempos em que ia à socapa, outras na decisão de um momento não pensado, ou então como o costume quando não aguentava mais perguntava a alguém se queria ir comigo dar uma volta até à Rua do Paraíso…
O motivo era sempre o mesmo, querer apreciar aquelas molduras firmes, com aspecto seguro, duro e forte, como quem diz: “aqui não entras”…cada com as suas particularidades que prendem a atenção à sua maneira muito especial…Pois, se calhar foi para lá que a minha porta vou…talvez tenha havido lá alguma moldura que a tenha chamado a atenção…


Fui até lá outra vez…e não é que a maior surpresa surgiu logo no início da rua. Algumas das portas que antes costumavam estar fechadas, estavam agora abertas e com um convite na porta (mas muito poucas)...e as outras, que estavam abertas, estavam agora trancadas…nem queria acreditar que tinham trocado de identidade…continuei á procura da minha porta…andei...andei...procurei em cantos e recantos…em sítios impensáveis…em sítios prováveis...já não tinha mais sitio onde procurar, e decidi vir para casa…


“Já não tenho porta, mas também já não tenho moldura onde a colocar” (pensava eu), mas não há-de ser nada…o percurso de regresso a casa foi mais longo como de costume…tentei atalhos em que me afastei do caminho…mas graças a observar o bater de assas de alguns pássaros, tive uma grande ideia…

SURPRESA!!!...(ou não…)

No entanto, a surpresa pode não ser boa…pelo mesmo facto…DE NÃO ESTARMOS À ESPERA QUE ACONTEÇA!!!...
Há quem fique constrangido/invadido, porque não se preparou para…
Há quem fique surpreso pela negativa, e não goste da surpresa…
Há quem fique surpreso pela positiva, e sorria como se estivesse a ser filmado!!!...
Mas…ainda há gente que:
- Não demonstre muito quando a surpresa é boa, mas faça muito em demasia que não gostou…
- Não o mostre quando é bom, nem quando é mau…
- Não diga nada, porque não sabe o que dizer…
- E não diga, porque não quer dizer que não gostou…
- Diga, e demonstre demais o que é na realidade…
- Diga, e diga somente o que sente…
- Diga e não diga nada de jeito…
- Diga o que não sente…

Entre o dizer o que se sente (quando não se sente realmente nada), e, não dizer o que se sente (quando realmente se sente), qual é a atitude mais correcta!?...
Simplesmente optei por descobrir que, com as surpresas que dou e com as que me fazem…nenhuma é tão surpresa quando se age no momento menos esperado e oportuno…
…(nunca fui de pedir…mas sei o que é melhor para mim...sem o ter que dizer)…mas quando tenho de dizer/demonstrar algo, eu faço-o…

Hoje, quis dizer-te…dizer-te mesmo tudo o que tenho aguentado cá dentro…mas não deu…por isso, arrebentei e liguei-te…só para dizer: ”SURPRESA, ESTOU À PORTA!!”
…(…pi…pi…pi…pi…pi…) …o telefone deixou de tocar…

Vale a pena sempre fazer surpresas, mesmo que não se goste…mas também é preciso saber “deixar-se surpreender” pelo que nos surge à frente…mesmo que não venha a calhar naquele momento…aprender a saber o que é preciso fazer… é mesmo necessário na nossa vida mantermos a factor capacidade-de-receber-de-mãos-abertas-tudo que esteja ligado à inovação!! para que se consiga superar cada acontecimento de forma mais clara e sem muitas desilusões…mas enquanto não sou capaz, tento pelo menos ter reacções físicas do género: abrir os olhos, franzir a testa, abrir a boca de surpresa, e dizer: “EU NÃO ACREDITO QUE…” (…e-qualquer-coisa-mais!)..

terça-feira, 20 de maio de 2008

Copo cheio...de vazio!

Um copo dado não deve ser rejeitado…principalmente quando está cheio…
Pode estar cheio de muita coisa que não gostemos, mas experimentamos, pelo menos para ver até onde vamos…
Em vez, de ficar pelo aspecto, decidi esperar o momento certo e perfeito para poder beber tudo de penalti, enquanto tudo o que existe há volta fosse enchendo o copo aos bocados…ou bocadinhos, ou pequenas gotas…e mesmo que quase não existissem gotas, ao menos ia criando a ideia em mim, da possibilidade que realmente fosse enchendo!!..
Quando eu tinha o momento certo para o beber até à última gota, e poder deitar fora de seguida, ou gargarejar, ou saborear, ou provar, ou engolir, ou digerir…retiraram-me o copo da mão…isto é, quase que mo partiam para que eu não pode-se sequer chegar a tocar…nem por os “olhos em cima”…
Hoje aprendi, que mais vale um copo a esvaziar, do que um há espera para encher…
Pois, o que está a esvaziar, ainda vai dando…o que está á espera de algo para encher, não enche e não se bebe…até que, além do mais, pode vir a ser esvaziado por outro alguém inesperado!!..
Aprendi a beber tudo…mesmo que não gostasse…pois só no fim de se provar é que se sabe se se realmente se gosta do conteúdo…mas, quando se quer muito ter algo, será que quando o temos ainda realmente o queremos?!...
Só queremos ter o que queremos que nos pertença…do mesmo modo que soo bebemos o que realmente gostamos…tenho um copo cheio…acabado de esvaziar…mas será que o quero encher?!...ou quero deixar estar cheio do vazio para não ter que beber?!..
Um copo…um vazio cheio..de vazio…e um cheio de nada que ocupa mais que vazio…mas afinal o que me enche?!...é o vazio que não tenho preenchido…

domingo, 11 de maio de 2008

... ?.?.C.?. ...

Aquela coisa que anda mesmo juntinha ao medo (de algo, alguém, ou acções), de mãos dadas, e quase inseparavel..chama-se confiança..(em algo, em alguém, ou em acções).
Ele (o medo), e Ela (a confiaça), gostavam de ser amigos, mas são obsessões...
Ele prende...Ela permite deixar ir...
Ele não deixa ir..Ela sustem...
Ele enrola...Ela amarra...
Ele desfaz-se...Ela mantém...
Ele sufoca...Ela apoia e segura...
Ele corre no corpo...Ela deixa que fique para os outros...
Ele não deixa ser quem gostavas..nem quem gostava, nem quem gostava de ser...Ela é mais do que se imagina que é....
Ele detesta-se, porque tem medo de si próprio...Ela venera-se para nao ter medo...
Ele adora-a porque sem saber lhe dá o que quer...Ela já tem o que precisa..
Ele fecha os olhos e atinge qualquer um, em qualquer altura, em que pura e simplesmente não há certezas de nada...mas vai...Ela, nao se deixa afectar por quase nada do que aconteçe...mas teima que lhe acontece...

Ele e Ela, por vezes trocam de personalidade...Ele fica com confiança, e Ela com medo...e ninguém percebe o motivo...provocando falhas de comunicação e incognitas sobre o que cada um sente..até que se precebe o que se passa...e afastam-se, separando-se...

será que tens tudo o que precisas?!...ou que queres!?...
O que prende?!..ou o que és capaz de dar?!..

sábado, 10 de maio de 2008

há santos?!...

"Precisamos de Santos sem véu ou batina. Precisamos de Santos de calças jeans e ténis. Precisamos de Santo que vão ao cinema, ouvem música e passeiam com os amigos.
Precisamos de Santos Modernos, santos do Século XXI, com uma espiritualidade inserida no nosso tempo.
Precisamos de Santos comprometidos com os pobres e as necessárias mudanças sociais.
Precisamos de Santos que bebam coca-cola e comam hot-dogs, que usem jeans, que sejam internautas, que usem discman.
Precisamos de Santos que gostem de cinema, de teatro, de música, de dança, de desporto.
Precisamos de Santos Sociáveis, abertos, normais, amigos, alegres, companheiros.
Precisamos de Santos que estejam no mundo; e saibam saborear as coisas puras e boas do mundo, mas que não sejam mundanos."

arrisca...já és anjo...não é impossivel não seres santo...

sexta-feira, 25 de abril de 2008

.... A.R.?.F. ....

....definir...entender..discutir...abordar..identificar...disparatar...

...sentir..pensar...reagir...brusquidao..frio...insensibilidade....
...receio..incompreenssão..insegurança...irreal...deslocação...
...incredualidade..impossibilidade...pesadelo...sonhado...
..ilusão..desconfiança...pensamentos abstractos...
...etc...


Quem criou o medo!?
E como se sabe, que o que se sente é o "medo"?!

Alguém me define "medo"?
E já agora....medo de quê?

é só..tenho dito

segunda-feira, 21 de abril de 2008

..menina e moça..

Antes...
Durante...
Depois...

uma noite..
uma grande noite..
um regresso..

chegada...
estadia...
partida...














a viagem:
A(s) "com-versa"(s), os passeios, os caminhos,
a agitação, as construções, invenções

um desejo impetuoso de partir..
os regressos, o espanto, o esquecido, o vislumbre sonhado/idealizado
o abraço da praxe..

talvez...
não sei...
não quero saber...

a descoberta, a adrenalina, o querer algo de novo...o som, o vento, o cheiro
aquilo, aquela, aquele, aque: les, las(!), as/os que nao via, os/as que já tava farto
a cena, as recordações, a mudança...a situação, o sentido, o recheio..

aquela coisa,
a circunstância, o auge...
e pronto...

coisas normais..
...coisas.. (aquelas coisas)
coisas estranhamente estranhas....

...ou simplesmente coisas...

Olá...
Aí é?!....
até já...

até DE PRESSA..
(....)
volta JÁ...

..mais uma aventura..

O passado repete-se...
a minha porta perdeu a chave, e não sei se a encontro, ou se até nunca mais a vajo...

Há dois caminhos sobrepostos:
1) tudo diferente, evolui, adaptei-me, e parecia que desta vez nada ia ser igual..terra difernte, pessoas diferentes, prespectivas diferentes, maneira de estar e de ver também diferente..logo..tudo bem encaminhado desta vez..
até que..momentos diferentes do costume me saltam bem à vista, e me deixam perplexo...sem saber mais o que fazer!..

2)Repete-se a fugacidade da situação, a efermidade do tempo..que também cansa o proprio tempo, e a energia...e não se vêem resultados do tempoo perdido que não tenho, da energia de reforço que já gasto..nem na velocidade branda que me mata só ao ver que tão pouco passou...

Sou ansioso, mas espero...nao sei porque espero, nem se espero por algo que me vai dar cabo da cabeça...mas espero..por algo que penso ser algo bom...nem que seja um género de miragem ao fundo do horizonte...quero acreditar que não...mas desta, e só desta vez quero ser capaz de ver até onde é que a miragem acaba..e começa a realidade...pois é uma simples linha ténue que separa um sonho real, de uma miragem desconhecida..

Há pouco tempo atrás...coisa de um ano, decidi que seria o Ano: das Viagens; Conhecimento; e Cultura..e assim foi..
Agora, para este ano decide-se sem querer..num inesperado insólito dia, numa determinada cidade pouco...loginqua...decidi: "Evoluir, Aprender, Inovar"...Apesar de serem temas incompatíveis.
Posso inovar, com a mesma aprendizagem ..mas assim evoluo..
Posso aprender e não evoluir, nem inovar.
Só posso evoluir, e é com isto que eu aprendo e inovo/re-novo/re-estauro/re-crio a prendizagem, mas evoluir é que não tem feito parte do dicionário...até agora..porque:
JÁ CHOQUEI!!!!!!...Já Recebi!!!....já senti...
JÁ ALTEREI!!!!!!....Já Subi!!!...já não sei...
não soube...mas saberei?!

domingo, 30 de março de 2008

..canto o que digo...mas não digo o que canto..

As "Coisas que Eu sei"...são "muito mais que um sol"....



...e não passam de uma "Canção Simples"

terça-feira, 25 de março de 2008

...o presente é esquesito...

Caso este video não abra, clica: http://br.youtube.com/watch?v=EImwjnOaNyU

Eu quero ficar perto, De tudo o que eu acho certo
Até ao dia em que mudar de opinião.
A minha experiência, meu pacto com a ciência,
Meu conhecimento é minha distração.

Coisas que eu sei, Eu adivinho sem niguém ter-me contado
Coisas que eu sei, Meu rádio relógio mostra o tempo errado,
Aperto o play.

Eu gosto do meu quarto, Do meu desarrumado,
Ninguém sabe mexer na minha confusão.
É o meu ponto de vista, Não aceito turistas,
Meu mundo está fechado p'ra a visitação.

Coisas que eu sei, O medo mora perto das ideias loucas.
Coisas que eu sei, Se eu for eu vou assim, Nao vou trocar de roupa,
É minha lei.

Eu corto os meus dobrados, Acerto os meus pecados
Ninguém pergunta mais depois o que eu já paguei.
Eu vejo o filme em pausas, Eu imagino casas
Depois eu já nem lembro do que eu desenhei.

Coisas que eu sei, Não guardo mais agendas no meu celular.
Coisas que eu sei, Eu compro aparelhos que eu não sei usar.
Eu já comprei.

Às vezes da pergiça, Na areia movidiça,
Quanto mais eu mexo mais afundo em mim.
Eu moro num cenário, Do lado Imaginário
Eu entro e saio sempre quando 'tou afim.

Coisas que eu sei, As noites ficam claras no raiar do dia
Coisas que eu sei, São coisas que eu antes somente não sabia...
Coisas que eu sei, As noites ficam claras no raiar do dia
Coisas que eu sei, São coisas que eu antes somente não sabia...

Agora eu sei, Agora eu sei, Agora eu sei, Agora eu sei...

quinta-feira, 6 de março de 2008

terça-feira, 4 de março de 2008

...porta de casa...

Tinha a minha casa bem fechada....acontece-se o que acontece-se...
Juro que estava bem organizada, e fundamentalmente bem trancada..á chave..e as janelas de vidro espesso...
Com o tempo, com o hábito, com o desejo de sair...fartei-me e saí de casa....
"MAS QUE LINDO DIA DE SOL!"...só por causa disso, tinha valido bem a pena em ter saído..
Foi então, que aos poucos e poucos fui saido deixando a porta destrancada...mas já tinha posto óleo nas dobradissas....queria que fosse visitada por alguém especial...até que decidi que a minha janela ficaria aberta para uma possivel entrada rebuscada, ou de proteção e para me defender, ou para sair á socapa sem que ninguém notasse...!
As janela era a única passagem usada mais frequente...um dia..e mais um novo dia lindo de sol, depois de espreitar pela dita, atravessei um corredor, deixei em casa os livros, a moschila, a refeição, fechei os olhos e saí pela porta....

Sinto-me contente por a ter usado, há já muito tempo que não me permitia abri-la, para espreitar se quer!!!..
Acontece, que saí, de olhos fechados....e fui por aí!..
Descobri novas outras portas, umas trabalhadas, outras lisas e novas em folha, algumas bem gastas e quase a cair que até se via o que existia dentro de casa....mas o que me impressionou mesmo foi ver uma porta, mais ó menos do meu tamanho, com o mesmo trabalhar detalhado e bem escolhido, notara-se perfeitamente que se fossem substituidas uma pela outra encaixavam perfeitamente no sítio contrário...Como a minha porta, esta tinha muitas cores vivas, muitas marcas, um puxador usado, muito usado, mas muito bem usado, com muito cuidado...
Assim fiquei estupefacto..a olhar para esta porta...até que de repente a porta se abriu...FIQUEI atrapalhado porque não estava à espera...
A minha porta também foi sendo testada...várias vezes, abrindo e fechando muitas vezes....muitas de vagar, outras com muita força...
Abrindo quando eu queria, e quando não estava á espera, como se fosse uma corrente de ar que a fazia abanar ora para um lado, ora para o outro...
O que tinha sido uma porta bem trancada, tornou-se, uma porta bamba...
Penso que perdi a chave, mas também não sei se a quero fechar se encontrar a chave, e se a fechar não sei o que pode acontecer...
O que quero mesmo, é encontrar um carpinteiro (e eu fechava para obras), ou uma pessoa com uma porta igual, para me ajudar a substituir a entrada de acesso....e eu não me via obrigado a voltar a sair pela janela.....
Pode-se dizer que me sinto uma porta....com uma fechadura estragada..

...SMS...(São Muitas Sensações)...

Bom dia, querida Ana!..Então como vais?!...

Hoje apenas te escrevo no sentido de acabar a nossa conversa...já iníciada à muito tempo, e nunca mais acabada...e que me fez pensar em nós..e em algumas compatibilidades....


Sei o que estás a passar, mas penso que só o sei porque já passei/passo pelo mesmo.
Por isso, vejo que andas num reboliço com a vida, mas acho que não se vai estender a nada de grave, pelo menos com o que me pareceu sobre aquilo que me falas-te....por vezes pensamos de mais, e tu sabes disso...por vezes queremos sentir mais, e não conseguimos que seja como dantes (mas isso é só mesmo pelo facto de agora serem as coisas diferentes...logo, tudo é também diferente e novo....).
Mudas-te de cidade, amigos, grupo de pessoas constante, crias-te um novo conceito de familia permanente ou proxima, e com eles novos hábitos surgiram....tudo ganhou forma: os sonhos enevoados, ganharam aspecto, as certezas são visíveis, o pensamento é consolidado, e o fundamental é que tudo e todos te deixam e permitem que sejas tu no teu melhor....Isto só exige em ti uma adaptaçao, quanto mais não seja ao ritmo, formas de estar, formas de pensar...tudo, enquanto não encontras um equilíbrio.
Agora, em época de exames não acho que seja bom avaliares-te, tal como eu te dizia que não o fazia comigo, porque não era a altura certa e não me fazia bem, sabendo nós, que no meu caso é diferente, não se compara em nada ao teu. Agora é um questão de prioridades que está em jogo: estudar e conseguir superar a primeira difículdade neste novo lugar. Não te estejas a massacrar com mundanças que achas que acontecem. Podem ser momentâneas porque surgem preocupações “primárias”. Mas, a verdade é que na vida vamos mudando, mesmo sem notar. As situações, e pessoas encarregam-se de nos mostrar que nem parecem ter a ver connosco e que nos veriamos a vive-las ou a sê-las. A verdade é que vamo-nos decobrindo, vamos sendo moldados...e isso é crescer.
Sempre acreditei que a nossa mudança não depende de nós no seu todo mas que pode fazer de nós melhores pessoas se aceitarmos as coisas e se deixar-mos que os sentimentos, situações e pessoas façam o seu papel e nos descobram. E sabes, que mesmo silencioso eu estou aqui. Sempre fui assim e isto não mudei, bem ou mal tenho um colo para receber os outros.
A dificuldade está em confiar TUDO n’ELE, mas há sempre um dia ou momentos em que consegues e te sentes bem. Vai rezando..que eu tento fazer o mesmo...
Não rezes por pensares que já não tens salvação...mas reza para pensares no que realmente queres ou amas a fazer à tua vida....PÁRA....relaxa....DESCONTRÁI....não penses....ESQUEÇE O PROBLEMA....PROCURA A SOLUÇÃO!!!....não sejas Céptica e demasiada reflectiva...!!!!

Não tenho mais assunto, e já não sei se eu te quero ver em breve...mas quero me despedir com um até já, que só será quebrado se te decidires encontrar um dia...num próximo dia de volta...

Beijinho, e continua com um BOM grande DIA...
Do teu amigo, Mário

Até já...*

Last day...

Nada como acordar e viver o dia como se fosse uma e única vida desse dia, como se não houvesse mesmo amanhã...
O que é que eu faria?..como é que eu o iria passar?...
Se fosse o último, possivelmente iria passar por 5 fases emocionais: Negação, Frustação, Medo, Negociação, Aceitação...mas será que iria aproveitar para dizer algo de importante, ou fazer algo que nunca fiz??...ou nunca me pôs à prova?...pois bem, desta vez não quero deixar que os dias me tirem o que me resta da vida...

Não que tenha pouco tempo...mas também não tenho muita vida...(não que esteja a ser egoista, mas pura e simplesmente quero dizer, que por mais que tenha muita coisa, não a tenho aproveitado daquela maneira que eu sempre imaginei. Traçar planos, dizer o que sinto e o que vivo, da maneira que eu acho que é a adequada, foram sempre pensamentos que eu desejei ter..e pelo menos sempre pensei que conseguia alcançar, mas será que conseguirei ser anormal, pelo menos uma vez....(?)...e será que o que quer que eu faça, seja bem feito?...porque carga de água, sou sempre eu que não sei aguentar?..por vezes penso que seja pelo sentimento de perda de tempo, o não viver o que estou, a meu ver, a sentir, mas o que é bom para mim?..e afinal o que preciso eu???...
Tenho a conclusão que quando se tem um plano, ele nunca é cumprido, mas quando se segue á risca a tentativa de não nos afastarmos dele, quando tamos mesmo quase quase, mas mesmo quase quase a conseguir alcançar o tão desejado, deitamos tudo a perder por uma anticipação desnecessária. E tudo se volta a alterar....
Sei o que quero..mas não sei se estou a ir bem...

Quero re-establecer prioridades, quero viver o que os outros vivem, mantendo o que é meu, mas que está impossivelmente possibilitado de se manter. Quando se RE-establece, RE-define, RE-pensa-se, RE-sente-se....deixamos de sentir como dantes. Querer ser algo mais e melhor! É bom quando se tem uma visão do que é mais e melhor para os outros e para nós, mas o que afinal determina o que fazemos é se o que está bem para nós, e bem para os outros...mas melhor que isso, só quando o que está bem para os outros, está também bem para nós...
Até podia pensar em dizer as coisas que tinha planeado dizer, podia fazer coisas que nunca fiz, podia pensar em viver as coisas que nunca ninguém pensaria...mas isso sou eu, porque penso...
Amanhã, só porque é um bom dia, com um bom sol, e uma maravilha de tempo, e porque está a acabar algo que ainda não sei que começou, vou agradecer...e andar como se não houvesse paragem, impedimento...seguir um passo de cada vez...já só falta pouco para acabar...e acabar de pensar em pensar....para poder pensar em fazer...e pensar estar...Chocar, chamar a atenção, dizer o que quero, ou o que penso que seja o que quero, mas digo-o para mim...por enquanto não digo a ninguém o que preciso...pois no dia em que eu dizer o que preciso, é porque houve alguém que me apenas disse que: “quero saber o que precisas”....e esse alguém foste tu

Toda a gente precisa de algo, mas não sei ao certo o que preciso eu...só sei que penso que preciso de TI!...depois vê-se...

Amigos...o antes e o depois

"Um dia a maioria de nós irá separar-se. Sentiremos saudades de todas as conversas jogadas fora, das descobertas que fizemos, dos sonhos que tivemos, dos tantos risos e momentos que partilhamos. Saudades, até dos momentos de lágrimas, da angústia, das vésperas dos finais de semana, dos finais de ano, enfim... do companheirismo vivido. Sempre pensei que as amizades continuassem para sempre. Hoje não tenho mais tanta certeza disso. Em breve cada um vai para seu lado, seja pelo destino ou por algum desentendimento, segue a sua vida. Talvez continuemos a nos encontrar, quem sabe...nas cartas que trocaremos. Podemos falar ao telefone e dizer algumas tolices...Aí, os dias vao passar, meses...anos... até este contacto se tornar cada vez mais raro. Vamo-nos perder no tempo.... Um dia os nossos filhos verão as nossas fotografias e perguntarão:"Quem são aquelas pessoas?" Diremos...que eram nossos amigos e...... isso vai doer tanto! -"Foram meus amigos, foi com eles que vivi tantos bons anos da minha vida!" A saudade vai apertar bem dentro do peito. Vai dar vontade de ligar, ouvir aquelas vozes novamente...... Quando o nosso grupo estiver incompleto... reunir-nos-emos para um último adeus de um amigo. E, entre lágrima abraçar-nos-emos. Então faremos promessas de nos encontrar mais vezes daquele dia em diante. Por fim, cada um vai para o seu lado para continuar a viver a sua vida, isolada do passado. E perder-nos-emos no tempo.....Por isso, fica aqui um pedido deste humilde amigo: não deixes que a vida passe em branco, e que pequenas adversidades sejam a causa de grandes tempestades....Eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos!"

Fernando Pessoa

sábado, 9 de fevereiro de 2008

Alternativas...sem retorno...

opçoes que se têm de tomar, que impedem de se voltar para trás...não esquecendo quem somos....

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

...paragens...(d)na vida...

Nada do que temos é constante...nem mesmo que assim o pareça...nem as viagens que fazemos no tempo, (para recordar o que a vida nos dá)...nem o acesso aos sonhos do futuro (que imagina-mos ter)....nem o nosso coração (que quer sentir e bater mais forte)....nem a nossa satisfação (connosco mesmo)....nem a nossa vontade (de ir para além de...)..e muito menos os nossos planos saíem conforme o realmente planeado...
Qualquer um destes projectos não passa de uma viagem que é comprada...uma viagem de grande descoberta, em que se tira uma espécie de "bilhete" de ida, mas com uma volta indefinida, ilimitada ou mesmo proibida, sem se saber ao certo se se volta para trás num outro transporte, numa espécie de comboio que não é o nosso. E se queremos viajar para deixar para trás, e se o que queremos mesmo, podemos apanhar o do sentido contrário....mas também podemos nem se quer ter o direito ou opção de voltar para trás...á altura anterior á partida...
Um bilhete de uma viagem tem sempre alguns dados, como: "Precedente de: passado", com "Destino: país dos sonhos cor de rosa", em que tudo se torna tão realizavel, sem defeitos, nem perigos, nem coisas deformadas...onde quase tudo é quase tão perfeito quanto esperavamos...e partimos sempre em busca de algo melhor..
Quando se tira este bilhete, é com o objectivo de deixar para trás uma estação, que com o tempo se fora desgastando. As suas linhas ficaram enferrujadas com o passar dos anos, as colunas de pedra ficaram deterioradas, os vidros na bilheteira baços e sujos, o chão demasiado gasto...não há nada que nos prenda até ao momento da partida...e fica uma restia de nostalgia perdida no tempo perdido e no espaço idealizado, com um sem número de pessoas que não queriamos nada ter conhecido, mas cada dia teve um preço pela situação que surgira, e nos fora obrigada a optar...

Enfim, acabamos por querer mudar de estação, e partir para uma próxima...que acabamos por escolher (ou optar aleatóriamente), porque nos pareceu a mais parecida e adequada á nossa própria imagem pessoal...
Partimos sozinhos, com a esperança de que o passado não nos persiga, não nos volte a matar, não nos aturmente, nos deixe em paz, porque de certa forma o deixamos mesmo para trás...(e tudo o que a ele estava associado...como o estilo de vida que tinhamos, o modo de acordar, o ritmo provocado, as refeições, as pessoas e os rostos, o espaço físico...E conseguimos mesmo deixar tudo de lado...e econtrar uma nova adaptação á vida e ás novas circunstâncias e novas descobertas...
Mas o que realmente acontece, é que outras pessoas (as que se deixam para trás, podem eventualmente, decidir que as marcamos, e tomarem a mesma iniciativa que nós, e querem seguir a mesma rota só para virem ter connosco...só para saber como nós estamos agora, só para dar um abraço novo de despedida, e fugaz, forte, mas curto, confortante, mas angustiante...e para de seguida voltar a partir, como se nos fossem dizer: "apanha o proximo comboio de regresso"...matam-nos sem saberem, trazem com elas tudo o que deixamos, bocados de uma memória frágil, solitária, indefesa..mas brutalmente assassinada...que acaba por reviver e permanecer forte no pensamente (re-habita a memória de longa duração, proveniente de um inconsciente conscencializado de forma inconsciente)...acabando por trazer alguns dos fantasmas do sentimento perdido..mas o que me assusta não é a existencia dos fantasmas, mas a possibilidade de, porventura, existirem, e me separarem de mim próprio e da tomada de decisão da viagem...acabam sempre por nos encontrar, onde quer que esteja-mos...não nos deixam só, porque querem realmente encontrarnos...

O que também acontece é que, estando num banco da tal "uma estação qualquer" já escolhida e aceite, já interiorizada como "nosso lugar" que permite sonhar, existe um comboio que está constantemente a circular nos dois sentidos opostos....ora para o norte, ora para sul...ora para o norte, ora para o s...e parece que assombram as linhas, impedem de circular outros comboios em mais horários, não deixam que se comprem mais "mesmos bilhetes", que nos levem até onde nós queremos...Ao lugar dos sonhos cor de rosa...
Passa constantemente á minha frente, e à quantidade de vezes que passa, parece que já me habituei à sua presença, ao seu barulho...mas por vezes, observo-o a cortar o ar, a passar por mim com o seu barulho insurdecedor que se vai aproximando já bem ao longe, e de repente surge mesmo ao nosso lado, à nossa frente, ao outro lado... para de seguida desaparecer....e desaparecer com ele tudo o resto...o barulho, o vento, a cor, o definido da sua estrutura, como se nada fosse, nem se abanasse o chão e os meus ouvidos....e o meu coração..como um termor de terra que nos abala o interior de uma casa...

Assim, me deixa com um pequeno termor...sem saber qual o próximo comboio apanhar...devolvendo-me o conflito de invasão ao meu mais pequeno lugar de protecção..a minha pequena estação.

Mas como se isso não bastasse...fico sem saber defenir o que vivo, o que quero viver...nem mesmo o que é para mim vida...
Apenas sinto um rumo, pouco definido...sei o que quero, e quero-o...(mas não sei se muito ou pouco), nem muito menos quando o quero...acabo por definir vida, como um pequeno comboio que se apanha no início, e se vai trocando nas estaçãos, deixando marcas nos outros, que criam comboios fantasmas, que nos seguem para os próximos destinos que apanhamos. Que cada estação em que saimos, provoca uma nova aprendizagem..que evolui até ao estado máximo que queremos e nos é possivel apreender....aí surgem só, e só duas opções, sempre as mesmas opções: ou compramos um outro bilhete, com ida..ou ida e volta (de acordo com o que queremos, se há algo nos prende a voltar, ou se há algo que nos obriga a fugir....

Não há nada melhor do que fugir, para não pensar...não há nada melhor do que pensar para não fugir, como também não há nada pior do fugir ou pensar...Só assim, se decide o que se quer...fujindo e pensando ao mesmo tempo...e enquanto fujo, dos outros e dos sítios, e de mim, penso...nos outros, no sítio e em mim...mas porque penso, deixo de perceber o que que preciso ou o que quero. Tento ser objectivo, mas não sou objecto, sou sujeito, por isso subjectivo e sinto, ou perfiro apenas sentir com uma razão e um propósito...perfiro o não saber querer, ao não saber sentir...

E o melhor, é construir uma estação só nossa, em que só deixamos circular os comboios que são puxados pelo ensinamento, e andam atrelados pelas: vantagens- razões- sentimentos- emoções...porque, por enquato, para mim, vida: É um comboio que circula, sempre para a frente, e se leva quem quiser entrar, deixando pessoas nas suas estações de destino, e encontrando-as nas seguintes ou na volta, como também, na linha paralela, no mesmo sentido...podendo cruzar-se, ou afastar-se...mas enquanto não se sabe, nem se decide, anda-se sempre em frente, a correr contra o tempo com contra-tempos na linha, na chuva que impede de travar, com o sol que dilata as linhas, com o vento que impede de andar, com obstruções atrvessadas, ou com obras que se decidem fazer...

Vida é um comboio que circula sem controlo da velocidade, mas que anda sempre em frente, sabendo sempre que vá por onde for, terá uma paragem terminal...que nunca se sabe quando é..

Por isso, parei numa paragem de comboio, saí, para andar de autocarro, reunir forças para construir a minha própria estação...