quinta-feira, 11 de janeiro de 2007

Tu!!...histórias de uma vida

Por vezes olhamos para o agora como o melhor tempo de vida, e queremos guardar todas estas pequenas coisas que nos fazem sorrir, dentro de nós, para um todo sempre inalterado, e assim sentirmo-nos vivos, mas acabamos sempre por voltar ás nossas origens e o estado nostálgico desaparece simplesmente à medida que o tempo passa…para nunca mais ser recuperado num todo, nem voltarmos a entrar no êxtase ideal.
Até que, depois de outras pequenas GRANDES experiências que seriam especiais tornam-se somente agradáveis ou menos felizes que as anteriores, e deixam de ter a mesma importância…para passarem a ser algo banal e rotineiro…que acaba por preparar em nós uma tendência para nos atirarmos de cabeça para algo, ou dedicarmo-nos a alguém o nosso TEMPO, e agarrar estes momentos com paixão, mesmo sabendo que podem não ser duradouros, ou pouco intensos, mas que duram o tempo necessário para ser inesquecíveis…o que não nos deixa de marcar e de ter algo de positivo, e então…acaba por se tornar mais uma história do passado de alguém. E são essas marcas que ficam registadas no coração e doem na memória porque não se repetem como se deseja…
Hoje, quando olho para trás, vejo grandes quedas, e subidas lentas, mas sei ao menos que na subida o passo é certo, e também sei que na queda o patamar final pode acabar por não ser muito firme, o que me deixa ainda mais á deriva sobre o caminho que estava a conhecer. “…se este é o mais indicado…ou mais arriscado…ou completamente incerto…”. Mas acabo por perceber que fiz a minha própria vontade e por muito que me arrependa, o caminho escolhido foi provavelmente a melhor opção…tornando-se num “Problema Mistério” que DEUS me tinha reservado para eu perceber definitivamente algo na minha vida, para retomar aos meus princípios, para não esquecer a minha maneira de ser, e fundamentalmente o Quem sou eu?!
Por isso, quando olho para a frente vejo sonhos, expectativas, pensamentos e projectos com imensa vontade de serem concretizados, apesar de surgirem um pouco mal definidos ou enevoados. Mas, sei também que quando ultrapassar a barreira do inatingível (..ou a do “provável inalcançável…), vai saber melhor ter as minhas conquistas e um mundo na palma da minha mão…
…sim, são todas as histórias, as asneiras, os erros e as conquistas que criam em cada um de nós, o conceito de heróis de nós mesmos. E com os anos que passam, aparecem-nos rugas, e fazem de nós queixosos e incapacitados, com dores em todo o lado, por tudo e por nada, e resmungamos com a vida e com tudo o que nos aconteça…
AAhhh…e as rugas…são aquelas “pequenas marcas passadas” que nos marcam e fazem de nós próprios quem somos e quem seremos sem sequer termos consciência disso…e sem nos apercebermos todos os nosso passos dados no futuro ou talvez num amanhã próximo, é completamente dependente de outras situações passada, em que não conseguimos distinguir onde cada uma começa ou acaba, onde não existe Um fim ou inicio concreto, e muito menos, não vemos o fim do principio, nem o principio do fim…e então, afinal onde está o nosso meio??...em que fase nos encontramos agora??..HOJE??!...neste preciso momento?...pois bem, nem eu sei, e como não gosto de adivinhar o futuro, prefiro ter que me desembaraçar de cada problema que me surja como mais uma etapa dolorosa a saber o que ele me reserva…e entrego-me na mão de Deus.
Vivo cada momento do meio, no meu presente e actual dia, sem que me deixe influenciar por ontem e me defina para o amanhã, pois caso contrário iria angustiar o passado e revoltar-me com ele, e iria viver ansioso e preocupado demasiado com o futuro, sem que conseguisse saborear a vida tal e qual como deve ser vivida.
E sejamos realistas, só nos apaixonamos por algo ou alguém, quando deixamos o nosso passado sossegado para ser contado só daqui a imensos anos, e nos despreocupamos com as responsabilidades e projectos de um futuro que acabam por ser alterados constantemente pelos cruzamentos de outras pessoas e outros interesses na nossa vida.
Por isso, enquanto posso andar, correr, saltar e sorrir, deixa-me fazê-lo livremente e á minha escolha, porque mesmo que bata com a cabeça na parede durante várias vezes, acaba por saber bem quando paro e me sinto invencível depois da parede ter um buraco e eu um grande galo na testa, pois só assim aprendo definitivamente a não cair para o lado novamente torcido pela emoção ou pela razão, e por mais dolorido que fique, daqui a algum tempo vou sentir-me orgulhoso pelo caminho que percorri a TEU lado…

2 comentários:

Anônimo disse...
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Anônimo disse...

nem mais...